ASSASSIN'S CREED SYNDICATE SURPREENDE COM MECÂNICA MODERNA

Adição do gancho para escalar construções e criar novas situações é bem-vinda

 
Na cobertura de um dos maiores prédios de Los Angeles, no 72º andar do US Bank Tower, me senti como um Ezio Auditore, como Connor ou como Arno ao jogar o mais novo game da série que já teve todos eles como heróis. Assassin's Creed Syndicate tenta recuperar a franquia depois de a edição de 2014, Unity, não ter dado muito certo, o que fez a Ubisoft calçar as sandálias da humildade para apresentar este novo game.

A sutil prepotência que senti quando Unity foi apresentado foi deixada de lado. Quando joguei Syndicate, um dos produtores que me acompanhava não o ostentava como "algo mais incrível do planeta", embora ele o vendesse muito bem. Ele me falava, apenas, que o jogo é resultado de uma dedicação muito grande da equipe em mostrar Londres na Era Vitoriana.
 
 

O visual da versão que joguei -- a missão foi a mesma apresentada no vídeo de revelação do jogo, que mostrava os irmãos Frye batalhando contra gangues da cidade para conquistar mais bairros e mais seguidores -- não apresentava a mesma qualidade visual do "world reveal". Estava muito abaixo, mesmo rodando em um PS4.

As texturas estavam com menor resolução, assim como os prédios que apareciam ao longe -- ao chegar perto, o visual melhorava. As pessoas nas ruas também não estavam com a mesma qualidade gráfica. Tudo parecia mais simples, mas, em compensação, o desempenho do jogo estava impecável. Não houve nenhuma queda no desempenho, nehum engasgo. Tudo rodava lisinho mesmo nas cenas de ação, com maior quantidade de elementos aparecendo na tela.

No teste, tive que acabar com o domínio de uma gangue em um bairro de Londres. Tive que caçar o chefe e eliminá-lo. O território fica em vermelho no mapa e, tal qual versões anteriores da série, andar por ali chama mais a atenção de membros da gangue rival, o que inicia brigas intensas. Consegui encontrar meus alvos sorrateiramente, usando o alto das construções para não ser identificado. Não há diferenças notáveis nos controles, mas há uma melhoria bastante sutíl ao escalar, o que fica ainda melhor com a câmera melhorada.

O ganho é a grande novidade e permite subir essas construções rapidamente, basta pressionar L1 (ou LB). Também é possível atravessar grandes distâncias pelo alto, cruzando um cabo e usando as mãos para ficar pendurado. É uma alternativa para eliminar inimigos mais facilmente. Eu gostei e aprovei o gancho na série.

 

 

No teste, meu personagem ainda não tinha espadas, apenas um revólver, o soco inglês e a lâmina dos assassinos. Ao mapear os inimigos com a Eagle Vision, tive que eliminar cada um deles dentro da área demarcada para salvar prisioneiros. Consegui usar todos os recursos que aprendi em outros jogos da franquia para eliminá-los: andei sorrateiramente e peguei ele por trás, saltei do alto para assassiná-los e até chamei a atenção deles para pegá-los de surpresa. O ganho, como disse, traz novas oportunidades de eliminar seus alvos.

Ao completar a missão, a líder da gangue apareceu. Para dominar a área, ela precisava ser assassinada, mas ela foge de você em uma carruagem. Roubei uma na rua -- sem chamar a atenção da polícia, senão ela me perseguiria e a missão seria bem mais complicada -- e saí para a caçada. Os controles até que são simples, mas faltou um pouco de precisão para pilotar a carruagem. O mapa também não mostrava o caminho a ser seguido de forma simples e quase perdi a mulher. Tive que fazer uma busca por uma área até encontrá-la.

Quando a encontrei, meus amigos e os capangas dela entraram em uma boa briga inglesa, com muitos socos. Ao eliminá-la Frye convoca a todos da região a trabalharem para eles, ampliando o domínio na Londres controlada pelos Templários.

Acredito que o game vai apagar a má impressão de Unity, ainda mais pelas novidades de gameplay apresentadas e pelo desempenho gráfico. Confesso que fiquei com vontade de jogar mais.

 

Por:Dantez             Fonte:Br-ign