ANÁLISE: Resident Evil HD Remaster

Analise de RESIDENT EVIL REMASTER

Resident Evil HD Remaster
Produtora: Capcom
Ano: 2014
Gênero: Survival Horror

 

 

O jogo está disponível para XBOX 360 e ONE, PS3, PS4 e PC. É vendido somente em formato digital via download, não foi disponível em mídia física.

Introdução:

Sempre que é comentado sobre jogos de terror logo temos em vista o período da infância ou (ou adolescência no meu caso) onde descobrimos títulos clássicos que deixavam os cabelos em pé.
Era tudo novidade, a Sony estava em alta com o poderoso PS1, e os PCs vinham acompanhando esses avanços.
Dentre os jogos em destaque nessa época tínhamos “Alone In the Dark” e “Resident Evil”, que foram ganhando cada vez mais fãs, por tratar de tramas envolvendo mortos-vivos (Resident) ou seres fantasmagóricos (Alone in the dark). 

Inicia-se a Era Resident Evil...


A franquia Resident Evil se inicia trazendo aos jogadores uma história macabra, com um novo tipo de tema envolvendo armas biológicas e a biotecnologia, um tema que vinha crescendo naquela época (como a pesquisa de vírus e bactérias e o início das pesquisas com transgênicos). A partir disto, o jogador ficava preso a trama, querendo desvendar os mistérios que o aguardava, mas sempre com aquela gélida sensação de “estou sendo observado”.


Anos se passaram e os títulos survival horror se tornaram cada vez mais fáceis, previsíveis e monótonos, ocasionando um desinteresse por parte dos jogadores da velha guarda e não agradando os novos jogadores. Então vemos em 2002 a Capcom rebutar seu clássico “Resident Evil” para GameCube, acrescentando elementos no enredo, novos itens e trazendo novamente aquela sensação de desespero para os velhos e novos jogadores. A versão de 2014 é um remaster de um remake.

Enredo e Gráficos:

O enredo é o mesmo do clássico Resident Evil, apenas acrescentadas alguns novos elementos (como itens, e algumas alas novas na mansão). 

O jogo foi remodelado, utilizando inicialmente o motor gráfico para jogos do console Game Cube, os personagens ganharam expressões faciais ricas em detalhes, e as texturas internas da casa, bem como os detalhes do cenário foram remodelados Ainda não temos um gráfico da nova geração, porém, para os saudosistas, é muito bom ver aquele antigo cenário (que gastávamos tempo vasculhando itens e fugindo de monstros) refeitos, com uma riqueza enorme de detalhes, dando destaque a iluminação, que deixa o ambiente mais assustador, dando um clima extra de terror a trama

Cutscenes: 

As cutscenes estão refeitas, e acrescidas com detalhes no decorrer da história (porém são as mesma da versão do Game Cube, estas não foram remasterizadas, o que durante o gameplay pode dar um aspecto de desleixo por parte dos desenvolvedores). No Resident clássico era em live action, e os “atores” tinham diálogos bizarros e forçados, neste remake vemos cenas realizadas por animação, e diálogos mais trabalhados que esboçam emoção. O jogo traz o modo de áudio original do clássico, tornando assim a experiência um tanto quanto hilária, trazendo aquela sensação de nostalgia. 

Trilha sonora:

A trilha sonora é quase sempre ausente (um fator importante nesses tipos de jogos), aguçando assim a atenção do jogador para sons ambientes, que são muito bem feitos. Quando entramos em batalha existe uma trilha musical, ela é boa, passando aquela sensação de desespero para o jogador.

Jogabilidade:

Este é um fator que apresenta uma grande dualidade entre os jogadores. Os veteranos gostam por ser saudosista e nostálgica a experiência de jogo, porém os novos jogadores acham estranho ou até mesmo horrível a jogabilidade. A câmera é fixa em determinados pontos do cenário, isso dificulta que o ambiente seja inspecionado por completo em uma primeira varredura no cômodo. O game permite que seja utilizado o controle clássico, atual ou customizado, os controles respondem bem aos comandos, mas para um iniciante pode ser frustrante a locomoção pela casa, uma vez que a movimentação é realizada de acordo com a posição da câmera, o que pode ocasionar que o personagem ao trocar de câmera, troque a direção que estava indo. Os controles para ação também estão bem distribuídos, não havendo dificuldades para serem realizados. Temos o acréscimo de armas passivas como facas e um teaser, que ajuda o jogador a fugir de monstros, estas são limitadas sendo necessário acha-las pelo cenário. Estas ações passivas podem ser configuradas de acordo com o jogador. Jogadores novatos podem optar por deixar estas ações no modo automático, uma vez que o personagem for agarrado por um inimigo ele utilizará a faca ou teaser automaticamente.

Tempo de Jogo:

O tempo de jogo varia de acordo com o gameplay do jogador, pode variar entre 6 a 10 horas, mas isso depende muito, particularmente eu fechei o jogo em 9 horas, mas isso porque estou levando em conta o tempo arrumando inventario, vasculhando cada sala e lendo todos os arquivos encontrados. 

Finais:

Resident apresenta diferentes finais, isto irá depender de como foi realizado o gameplay tanto com Jill ou Chris, ai fica a critério do jogador que decisão tomar, e quais caminhos seguir em seu jogo.

Considerações finais

Resident Evil é um título que teve grande importância para popularizar o gênero survival horror e contextualizar assuntos que ainda hoje vem sendo discutido por comitês de pesquisa e ética, tais como o uso de humanos como cobaias em experimentos médicos e a criação de armas biológicas (exemplo o Anthrax), 
Resident Evil Remake é um jogo feito para os saudosistas, moldado para os fãs mais antigos da saga. Apresenta uma jogabilidade difícil (que está ligada ao posicionamento de câmera), os controles são fáceis e respondem bem. Os gráficos são bons, porém não espere gráficos da nova geração. O enredo não é surpresa para ninguém, mas é sempre legal rever algo que nos marcou novamente e melhorado. 
Eu recomendo, é um título obrigatório para os fãs da franquia e novos jogadores que procuram um bom jogo de terror para descontrair. 
Pondere tudo o que foi dito anteriormente e faça sua escolha.